Setembro é um mês especial para nós, brasileiros e cristãos.
Comemoramos nossa independência e celebramos o mês da bíblia. Por isso, alunos e professores, reuniram-se todos os dias desta semana, antes de iniciar a aula, para executar o Hino Nacional Brasileiro, o Hino da Independência e realizar a leitura do evangelho do dia.
Quinta e sexta, cada sala preparou uma apresentação especial.
Destaque para o lindo poema declamado pelos alunos dos quintos anos “A” e “B”, de autoria da professora de Língua Portuguesa, Elisângela dos Santos Polido.
PÁTRIA
Como definir? Como explicar?
Um espaço? Um lugar?
Vamos lá! Vamos tentar…
Tudo começou
No ano de 1500
Época de grandes navegações
Em que se deu o “descobrimento”
Esta terra e suas riquezas
Passaram a pertencer a Portugal
Vieram tempos de incertezas
Num Brasil colonial.
Os índios que aqui havia
Tiveram que se adequar.
Tiraram sua alegria
E começaram a lhe escravizar.
Não satisfazendo aos senhores
Africanos mandaram trazer
Eles sofreram horrores
Sem meios para se defender.
Faltava comida,
Sobrava chicote
Ceifavam vidas
Traziam a morte.
Por mais de 300 anos
Nada foi feito contra a escravidão
Que destruía os sonhos
De quem só queria ser cidadão.
O trabalho era muito pesado
Mas era preciso resistir
E o brasileiro ficou marcado
Por sua capacidade de “nunca desistir”.
Em 1808,
A coroa portuguesa se fez presente
O Rei Dom João VI, a Rainha Carlota Joaquina,
E Pedro, o príncipe regente.
Mesmo depois da Independência do Brasil
O nosso povo ainda viu
A escravidão continuar
Somente em 1850 que o gigante começou a acordar.
Enfim alguém percebeu
Que algo devia ser realizado
E a luz da esperança se acendeu
Aquecendo os corações dos escravizados.
Veio a Lei Eusébio de Queirós
Que proibira o comércio de escravos
Sua procura aumentou
E quem os tinha, vendia a preços cada vez mais elevados.
Em 1871, surgiu a Lei do Ventre Livre
Que libertava os pós-nascidos
Mas não aos seus pais.
Resumindo: Filho de peixe? Peixinho é…
Filho de escravo??? Pois é!!!
Já em 1885, surge a Lei dos Sexagenários
Que daria liberdade aos acima de 60.
Pena que a maioria dos escravos
Não chegavam nem aos 40.
Por fim, em 1888,
A Princesa Isabel sancionou a Lei Áurea
Que tardia e oficialmente
Com a escravidão, no Brasil, acabara.
Ganharam a liberdade,
Mas não a cidadania.
Foram marginalizados pela sociedade
Que em outrora, enriquecia.
Foram abandonados à própria sorte.
Tornaram-se ainda mais miseráveis.
Sem um rumo, sem um norte
Travaram lutas intermináveis.
Não tinham o direito ao voto,
Não tinham acesso à educação
Não eram considerados “gente”
Eram os exclusos da Nação.
Foram 100 anos assim
Até que em 1988
Descobriram enfim
Que o Brasil era pra todos.
Todos os brasileiros
Agora podiam votar
Podiam bater no peito
E da NAÇÃO se orgulhar.
Honrar nossa bandeira
Com seu trabalho e dignidade
E perceber que só quem participa
É cidadão de verdade.
Sabemos que as lutas foram muitas
E muitas outras virão.
Seremos eternos soldados
Em defesa da nação.
Lutaremos por um Brasil mais justo
Para que não haja exclusão.
Queremos fazer valer
O que determina nossa constituição:
Liberdade, igualdade, fraternidade!
Viva o Brasil! Viva nossa nação!
Prof. Elisangela dos Santos Polido