Refletir sobre os papéis de pais e filhos nos dias atuais.

O encontro com as famílias e adolescentes ocorreu no dia 24 de abril, com o objetivo de propiciar um espaço social para interagir, com um universo mais amplo de relações, papéis de pais e de filhos, trazendo algumas considerações sobre aquilo que pode contribuir na melhora das relações. 

A coordenadora pedagógica do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Tatiane Silveira trouxe uma reflexão para os adolescente e famílias dizendo que “Muitas vezes, temos o sonho e o desejo verdadeiro de sermos os melhores amigos de nossos filhos. Mas eles precisam é de pai e mãe, uma vez que os amigos têm a idade deles. Nós, adultos, precisamos nos posicionar com amor e coerência, dando limites e sendo as referências encontrando a melhor forma de aproximação com os filhos. Para enfrentar os conflitos do cotidiano, é preciso ter claro que conflitos fazem parte do desenvolvimento e das relações. Diante das demandas trazidas pelos adolescentes e famílias, referente a relação, o encontro propiciou uma troca, onde ambos os lados trouxeram aspectos positivos nas relações e aspectos que necessitam ser melhorados.”

Usando metáforas, a equipe técnica trouxe que crianças e jovens não são cristais. São diamantes, que necessitam ser lapidados pelas experiências entre seus pares, entre adultos, em diferentes contextos. Portanto, viver consequências de seus próprios atos, experimentar novos relacionamentos, procurar gerenciar seus conflitos e superar dificuldades são elementos essenciais para se formar pessoas fortalecidas, que possam lidar com o mundo adulto de forma assertiva.

Abaixo será citado algumas reflexões trazidas de ambos os lados:

Os adolescentes trouxeram que gostariam de “Ter um tempo só para conversar com os pais, precisam de liberdade para se expressar. No mundo fora de casa com os amigos, sentem que podem ser eles mesmos, mas em casa sentem que precisam usar a máscara para receber o que precisam. e necessitam de um momento mais aberto com os pais para conversas mais íntimas como: namoro, sexualidade, sair, etc.”

As famílias trouxeram que os papeis estão invertidos, que os filhos querem mandar nos pais e por vezes faltam com educação. Sentem dificuldade para que os filhos contribuam nas tarefas e organização da casa, os mesmo trouxeram que eles estão exigindo muita liberdade, principalmente nas questões de namoro e fica, pois alguns trouxeram que entre 12 e 14 anos ainda não estão prontos para namorar, entretanto outra parte trouxe que é importante dar liberdade e deixar os filhos ficarem, mantendo o diálogo entre os mesmos. Salientaram que o lado bom é que os adolescentes estão querendo mais diálogo e liberdade para conversar e que entender os filhos não tem sido uma tarefa fácil, mas estão buscando melhorar esta questão. Também trouxeram que por ter que assumir a responsabilidade do sustento do lar, muitas vezes é difícil encontrar tempo para acompanhar a evolução dos filhos.

As adolescentes Ana Julia de Leon e Isa Maryana relataram: “Achamos que foi super necessário a reunião, porque debatemos entre nós adolescentes os problemas que queríamos resolver na família e os adultos debateram o quele eles acham que deveríamos melhorar. Depois apresentamos para os pais nosso ponto de vista em relação a eles e os adultos em relação aos adolescentes.”

Que essa parceria permaneça no próximo encontro, ela deve estar fundamentada na confiança de que família e Instituição, estão do mesmo lado e fazem o melhor, em um espaço que sabemos que há gente formando gente!

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