Reconto da História: Medo do Escuro

Contos clássicos para crianças que falam do medo: MEDO DO ESCURO

¨Ainda acabo fazendo livros onde nossas crianças possam morar¨.

Monteiro Lobato

 

A atividade reconta a história, Medo do Escuro, do autor Antônio Carlos Pacheco com participação especial dos nossos bem aventurados Tiko e Teka e com as vozes dos educadores Priscila Dias (Cristal) e Robert Conceição (Pérola).

O Teatro tem como intuito promover a literatura nos lares das crianças e adolescentes atendidos pela nossa Unidade socioassistencial, ler, contar e ouvir histórias são atividades pelas quais a criança pode conhecer diferentes formas de falar, viver, pensar e agir, além de um universo de valores, costumes e comportamentos de sua e de outras culturas situadas em tempos e espaços diversos do seu.

A ação enfatiza a importância de olhar para si e reconhecer o seu Valor diante de qualquer situação a qual se encontra. No livro, O medo do Escuro, o autor narra, com humor e graça de quem sabe se aproximar do jovem leitor, que medo não é privilégio de alguns. Todo mundo tem medo de alguma coisa. Todo mundo tem seu medo, cada um tem seu segredo. E que possamos nos abrir para procurar dialogar sobre esses medos com quem sentimos confiança, por exemplo: a mãe, o tio, a tia, a avó, o avô, o educador (a), a professora, etc. O segredo é dividir as nossas angústias.

Venha embarcar nessa incrível aventura de medo, mas também de Superação.

Como incentivar a leitura?

A leitura pode ser introduzida na vida da criança de várias formas e em diversos momentos, desde que seja naturalmente. , dar mamadeira ou lanche.

  • Aproveitar todos os momentos tranquilos e de lazer para o aprendizado lúdico, neste período de pandemia, ler em momentos que estimule a criatividade, fazer o combinado de momentos de leitura. Solte a imaginação!
  • Ler alguma história engraçada ou cantar uma música infantil (ritmos marcados e repetitivos) quando a criança estiver irrequieta, com medo ou nervosa, para acalmá-la.
  • Falar sobre a importância do silêncio para quem lê e para quem ouve.
  • Ler e discutir com a criança um filme ou uma peça teatral antes e depois de vê-los. Neste momento de isolamento social, acesse os canais do Youtube sobre teatros infantis, exemplos: Baú da Camilinha, Fafá Conta Histórias, Hora da Imaginação.
  • Ler as regras de jogos e brinquedos para a criança antes de começar a brincadeira procurando perceber o quanto ela entendeu.
  • Monte uma livraria em casa com seus filhos (as) e mostre o valor que o Livro tem.

Assista aqui o vídeo com esta linda história que preparamos para vocês! 

Medo do Escuro    

Era uma vez uma estrela que tinha medo do escuro.

— Imagine! — dizia a mãe, uma estrela grande e brilhante.

— Imagine! — exclamava o pai, um estrelão.

— Imagine! — repetia o Sol, o chefe das estrelas.

Mas o caso é que aquela estrelinha tinha medo do escuro. Ela ficava o tempo todo dentro das nuvens, com a luz acesa e vendo televisão.

Quando o Sol ia dormir, ele apagava a luz e abria a porta da noite, por onde as estrelas deviam entrar.

— Vamos — dizia a mãe da estrelinha.

— Vamos — repetiam as outras estrelas.

— Vamos! — ordenava o estrelão, com sua voz grossa.

Mas ela não ia, ficava de luz acesa, às vezes chupando o dedo, com muito medo do escuro.

Então, chamaram a Lua.

A Lua era assim muito jeitosa para falar com as estrelinhas, sabia contar histórias, sabia falar macio, com uma voz que parecia música.

E ela foi falar com a estrela que tinha medo do escuro.

— Vamos — chamou a Lua.

E chamou de um jeito tão doce que a estrelinha olhou pra lua. Mas não se mexeu.

— Olha — disse a lua. — Você é uma estrela. E as estrelas devem brilhar.

— Mas eu tenho medo do escuro! — disse a estrelinha.

— Mas o escuro é que foge de você! — disse a Lua.

— Como assim? — perguntou a estrelinha.

— Quer ver? — disse a lua.

E tomou a estrelinha pela mão e saiu do meio das nuvens e entrou pela porta da noite.

A estrelinha ia andando e, como não podia deixar de brilhar, o escuro ia ficando cada vez mais longe.

Quanto mais ela andava, para mais longe o escuro ia.

— Eu não disse? — falou a lua. — O escuro foge de você.

A estrelinha sorriu e não teve mais medo.

7 de Setembro – uma reflexão crítico social
Live Solidária Rede ICM