A Copa do Mundo foi pesquisada nas mais variadas formas nos últimos meses no Colégio Madre Bárbara. Os professores de arte Vanderléia dos Santos e de educação física Ignácio Bosse se juntaram para trabalhar com os alunos dos 6ºs anos do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio o projeto “A Corporeidade e a Criação na Copa do Mundo”. Na atividade os alunos pesquisaram desde o surgimento da Copa do Mundo como uma proposta cultural histórica, sendo ela o maior evento do planeta. O Lançamento do Projeto ocorreu na manhã dessa quarta-feira (20) na Casa de Cultura. Todos os trabalhos elaborados ficarão expostos até dia 29 de junho no local. O Lançamento contou com a presença dos representantes de turmas e do educador musical Ricardo Petter que tocou músicas referente a Copa.
A professora Vanderléia acredita que a linguagem artística e corporal transpõe a palavra e aproxima o diálogo entre a experiência estética e o contexto cultural. “O homem estabelece conexões entre o conhecimento e sua bagagem cultural, dando significado a essa relação com um pensamento em constante estado de invenção” Foi com o intuito de contextualizar a Arte e a Educação Física – linguagens que fazem conexões e provocam diálogos que se buscou através de ações educativas, possibilitar o conhecimento, a reflexão e a crítica, assim como despertar o espírito desportivo e entusiasta que cada um tem neste mundial.
Segundo a professora, os alunos também puderam conhecer outras culturas e fatos curiosos dos outros países, de uma maneira muito criativa. “Vi o empenho de todos. Gostaram de criar e tem facilidade para desenvolver bons trabalhos. É só preciso instruí-los e o resto eles comandam.
O aluno do 7º ano do Ensino Fundamental Pedro Hallmann de 12 anos achou muito interessante a proposta dos professores e quando chegou na Casa de Cultura e viu o resultado do trabalho das turmas percebeu o quanto valeu a pena. Em sua atividade, Pedro ficou responsável pela produção de história de quadrinhos em que contou o desempenho do Brasil na Copa. “Descobri que Brasil é bem forte nessa questão do futebol e que o país todo considera esse o esporte nacional. Não jogo futebol, mas gosto de assistir. Em época de Copa do Mundo nos reunimos na casa do meu avô, acendemos fogão a lenha, comemos pinhão assistindo aos jogos e torcendo muito”, diz.
Troca de Figurinhas
Em abril foi dada a largada ao projeto no saguão do CMB, com o troca-troca e disputa de figurinhas relacionadas a coleção de craques, estádios e brasões dos times que estão disputando o mundial. No recreio, os meninos e meninas colecionadores puderam completar o álbum com as figurinhas que estavam faltando de maneira divertida, onde a interação se deu com diferentes idades e turmas.
As atividades
Os alunos dos 6ºs anos confeccionaram em artes o mascote da copa, o lobo siberiano Zabivaka, que deveria ser feito de forma tridimensional. Já na educação física criaram réplicas dos estádios. Os 7ºs anos precisavam trabalhar histórias em quadrinhos. A professora propôs que desenvolvessem histórias em quadrinhos fotografadas e a proposta foi contar sobre os títulos do Brasil, se inteirando sobre as participações do país na copa.
Os 8ºs anos trabalharam a arte e serigrafia. Ao invés do básico que seria serigrafar camisetas, os alunos tiveram a ideia de fazer os próprios cachecóis. A professora comprou tecido e cada aluno ficou responsável por um país do mundial. A sugestão da confecção foi dos alunos, pois viram que é um hábito das torcidas erguerem os cachecóis.
A releitura de uma obra de Leslie Shows da 8º Bienal do Mercosul foi proposta para os 9ºs anos. Os alunos fizeram uma criação a partir da bandeira dos países onde as cores se evidenciavam dando uma nova interpretação a nacionalidade de cada país através das mesmas. Deveriam usar a criatividade e poderiam explorar qualquer material.
As turmas do 2° ano do Ensino Médio simularam sombras de momentos vivenciados no evento enquanto jogadores, árbitro e torcida e os 3°s anos registraram por meio de fotografias momentos de entusiasmo ao assistir o mundial.
O professor Ignácio conta que na disciplina da educação física trabalhou com os Anos Finais os países, curiosidades, a moeda, população e o desempenho nas Copas do Mundo. “Fizeram em forma de cartazes e tabelas dos jogos para acompanhar e inserir os resultados. Também criaram globos mundiais com o auxílio da professora de geografia. Todos foram divididos em grupos”, diz. O professor afirma que foi muito interessante juntar a arte e a educação física pois uma faz parte da outra. “Os alunos mais novos estavam inspirados e se interessaram pelas curiosidades e diferenças nos hábitos dos outros países”, diz.