O Estado vive em calamidade e o assunto em todos os lugares é a enchente e a catástrofe que causou tantos danos no Vale do Taquari e no Rio Grande do Sul. O Colégio Madre Bárbara – Rede ICM, pela primeira vez, foi atingido pelas cheias que invadiram todo o térreo da instituição. Após o retorno, tem sido enfatizado ainda mais os sentimentos e as relações socioemocionais, muito aparentes com todo o ocorrido. Para as crianças dos Níveis 4 e 5 da Educação Infantil, de forma lúdica, a Atelierista Camila Rockenbach criou a vivência “Entrelinhas e emoções”, que buscou auxiliar as crianças a expressarem o que sentem, as permitindo criar, imaginar, sonhar e investigar as diferentes formas, cores, ritmos e emoções. Na trama de investigação, conseguiram compreender mais sobre elas e sobre o mundo.
Inspirados no livro “E a chuva…” de Sabrina Führ, conversaram sobre a enchente que afetou a região e as emoções que borbulham ao longo destes dias. “Nós brincamos e demos forma ao nosso sentir fazendo traçados longos, ondulados, curtos, em nó e fechados. Foi desafiador, coordenar o traço sobre o papel e dar vida ao que sentimos com apenas uma linha nas mãos”, diz Camila.
Entre as perguntas sobre os sentimentos feitas para as crianças, elas tiveram as mais variadas emoções. Nas palavras das crianças, confira um pouco:
“Eu senti saudades de vocês, mas daí quando eu fechei os olhos eu consegui ver todo mundo no meu coração” (Criança de 5 anos).
“Sinto feliz porque as pessoas foram salvadas” (Criança de 5 anos)
“A tristeza tem ondinhas” (Criança 5 anos)
“Eu emprestei o meu espaguete para salvar pessoas.” (Criança de 5 anos)
“Eu pergunto pro meu pai toda noite se vai chover, às vezes ele diz não e às vezes sim. Fico triste daí. (Criança de 4 anos)
“Fiquei brabo! Eu não gosto dessa água toda, da enchente” (Criança de 4 anos)