Na manhã deste sábado (30) os estudantes do Ensino Fundamental – Anos Finais e Ensino Médio do Colégio Madre Bárbara – Rede ICM se desafiaram para as apresentações na Mostra 2024 com a temática “Entre Experiências e Vivências”. Divididos em diferentes salas, cada turma de 6º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais ao 2º ano do Ensino Médio pode relatar os aprendizados em forma de apresentação para os familiares, que estiveram prestigiando o momento. Este ano, as temáticas foram aprofundadas a partir dos locais visitados nas viagens de estudos das turmas.

A coordenadora pedagógica, Justine Thomas, salienta que a Mostra tem a intencionalidade de mostrar aos pais e à comunidade escolar, todo o trabalho realizado pelos professores e estudantes. “Sabemos que a gente não consegue mostrar tudo no mesmo momento. Então, direcionamos os trabalhos para as viagens de estudos, que  foram relatadas através de apresentações de maquetes, fotos, práticas de laboratório, declamações, entre outros”, diz.

Segundo Justine, um dos pontos principais do evento é ver o conhecimento na prática. “É encantador, porque os professores trazem a proposta e vivem ela, sendo os alunos que colocam em prática e fazem acontecer. Ver o entusiasmo tanto dos alunos quanto dos professores é muito gratificante, porque os nossos professores são provocados a se desafiarem e eles assumem com muita dedicação, apresentando o resultado na nossa Mostra Pedagógica”.

Os professores Ângela Lenz (de biologia) e Lucas Schneider (de geografia) coordenaram os trabalhos do Ensino Médio e destacam acreditar no processo educativo como algo além daquilo que o material pedagógico traz, contemplando os objetivos do conhecimento. “Queremos criar vivências, experienciar, porque no momento em que o aluno visualiza e tem que refletir, fazer relações em cima daquilo que ele aprendeu, aí ele realmente vai ressignificar. É na prática que ele vai conseguir vivenciar aquilo que é passado na teoria”, diz Ângela.

O professor Schneider conta que uma das intencionalidades pedagógicas que perpassam a instituição e que são lembradas pela equipe diretiva e a coordenação pedagógica é o desafio que as mudanças climáticas imprimem. “Há décadas, há séculos, nós tivemos um processo que nós chamamos de dessecularização da natureza e desnaturalização do ser humano, quer dizer, há um afastamento do ser humano da natureza, onde a natureza passa a ser vista como um recurso. Então, as mudanças climáticas estão causando problemas tão intensos no mundo e no espaço onde nós vivemos, sendo uma das essências da escola, inclusive, conseguir que os alunos possam singularizar e criar afeto com a paisagem”, diz o professor.

A professora Ângela relembra que as viagens de estudos acontecem em locais turísticos, e o papel enquanto professores é desconstruir algumas ideias que o ser humano apenas prejudica. “Nós fazemos parte de um ecossistema. Integramos o todo. E quando estamos em um local turístico, abrimos a mente para olhar o que a natureza tem, e levantar de que forma a nossa ação prejudica. Em uma unidade de conservação, qual é o papel do turismo? Afinal, esse local também precisa ser mantido”, fala Ângela.

A professora de matemática dos Anos Finais, Daniele Zamin, conta que a Mostra já é realizada há muitos anos e ver esses alunos crescendo, se desafiando e cada vez mais protagonizando os aprendizados é motivo de muito orgulho. “Percebemos que eles conseguem avaliar a caminhada deles, o amadurecimento e a vontade de aprender. O nosso aluno recebe constantemente estímulos para ser protagonista. A Mostra os faz perceber tudo aquilo que eles já conquistaram até aqui e vislumbrar o que eles ainda podem conquistar”.

Um Ensino Médio diferenciado

Segundo a professora Ângela, os professores dos Anos Finais e Ensino Médio acreditam na ideia de que a escolha profissional é muito mais sobre ter vivências que permitam avaliar o que não gostam, com o que não se identificam, para a partir disso buscarem o entendimento daquilo que gostam, que tem uma relação maior ou uma possibilidade de futuro. “Nosso papel é propor, promover situações diferentes que sejam significativas, que contemplem, que tenham uma abordagem pedagógica, porque escola não é lugar apenas para oferecer processos ou situações, mas sim de permitir que ele se identifique enquanto indivíduo, se vendo um indivíduo profissional, um indivíduo que sai da escola com não uma certeza, mas uma possibilidade de escolha”, diz a professora.