Unindo a sala de leitura do Educandário com os lares das famílias atendidas!
Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar.
A atividade “Sacolas Literárias” teve início a partir das várias inquietações dos educadores do Educandário. Percebeu-se, em meio à pandemia, que a leitura pode proporcionar às crianças, aos adolescentes e à própria família o incentivo saudável da aproximação, dos afetos e da criatividade, por meio do constante hábito de ler, oportunizando assim momentos prazerosos e a sensibilidade para compreender o que se lê e ouve.
Durante os meses de junho e julho, as “Sacolas Literárias” seguiram para a casa das crianças e dos adolescentes. Elas continham livros de literaturas infantis, HQ, Gibis, lápis de cor, desenhos e várias outras atividades vinculadas as oficinas.
A ação foi efetuada durante a entrega de cestas de alimentos para as famílias atendidas pelo serviço Socioassistencial, vinculando assim, a importância de garantir a formação integral: o cuidar, o educar e o brincar de forma indissociável.
Nas inúmeras atividades propostas através das Sacolas Literárias, os educadores planejaram e preparam atividades que vinculassem a função das oficinas com as necessidades decorrentes da pandemia, frente a realidade vivenciada, dentre elas: as crianças de 6 a 7 anos, brincadeiras lúdicas com os membros da família, como por exemplo, mímica (representação de gestos), estátua (explorando a atenção e escuta) e, por fim, a confecção de um desenho ilustrativo para refletir a vida após a Pandemia; as crianças de 8 a 10 anos, a realização da leitura de um gibi, a confecção de um cartaz contendo frases e ou palavras que os representasse nesse período de isolamento social, utilizando assim os materiais (revistas e jornais), a produção de uma carta a uma pessoa que se encontrasse em desânimo, incentivando assim: a elevação de seu alto astral; os adolescentes de 11 a 15 anos, a produção de uma carta contendo a seguinte proposta: ¨Se o mundo de hoje acabar, pra quem você escreveria uma carta e o que escreveria?
Portanto, podemos afirmar que o campo da leitura, do afeto do pensamento são territórios de um sujeito ativo e interativo, que acredita que se “apreende o mundo quando se compreende o que o faz ser como é” (Foucambert, 1994) e, também, que ler é, sobretudo, descobrir caminhos e conhecer.