Autor: Professor Fabrício
Componente: Educação Física
Memórias De Uma Quarentena
Confinados? Talvez seja a melhor definição para o momento. Um regime semiaberto talvez, no qual o preso vai para casa num determinado momento, mas volta para seu confinamento, e nós, vamos ao supermercado, farmácia (quando necessário, diga-se de passagem) e retornamos ao nosso confinamento (casa, para alguns). Brincadeiras à parte, talvez seja um mal necessário para que o universo comece a conspirar novamente em nosso favor, e que nós, humanos, possamos aprender a nossa lição e tirar o melhor de todo esse processo que estamos vivenciando.
Eu, particularmente, me considero, hoje em dia, uma pessoa muito otimista, por acreditar que de todos os momentos ruins que possam nos acometer, sempre há algo de bom, uma lição a se tirar para crescer na vida, e não cometer os mesmos erros. Deveria ser o pensamento de todos? Não sei, mas tenho certeza que se não aprendermos com nossos erros, uns, de alguma forma, sempre pagam a conta pelos outros, essa é a lei do mundo, pois no decorrer de nossa história é o que mais tem nos mostrado. Dito isto, quero dizer que esta quarentena tem me mostrado alguns pontos extremamente complicados de se passar, mas também, alguns pontos positivos, e é nestes que prefiro me deter.
Primeiro ponto: Aprendizado. Nunca li tanto e nunca troquei tanta experiência com colegas, via zoom, meet, etc., na área de Ed. Física como nesses dias atuais, já que, como existe uma necessidade enorme das pessoas em se comunicar, isto ajuda e muito na maneira de encarar os problemas existentes e em se debater sobre possíveis resoluções. O anseio da população em geral em querer manter sua sanidade através da atividade física tem mostrado a real importância da Educação Física e de seus profissionais, o que é muito favorável à profissão. A valorização do profissional em todas as instâncias é muito importante para que este sempre esteja motivado a entregar um trabalho coerente e de resultado para a sociedade em geral.
Outro ponto positivo: Laços familiares. Esse ou vai ou racha, mas, na maioria das vezes, noto uma maior preocupação entre as famílias e um respeito mútuo que vai ser muito importante para o pós-pandemia. A necessidade que se criou em ficar em casa, na minha concepção, propiciou uma maior necessidade em agregar laços até então suprimidos pela rotina do dia a dia. Conversar com filhos, maridos, esposas, mãe, pai, irmãos sem a necessidade de ser regrado pelo relógio, que muitas vezes controla nossos dias para nos avisar de nossas obrigações, faz muita diferença, então quem puder aproveitar, aproveite, não existe nada mais saudável em trocar experiências, botar conversa fora, sorrir e se divertir com quem se ama.
Enfim! Existem coisas ruins? Sim, muitas. Mas pensemos nas coisas boas. Feche os olhos, respire fundo e não se deixe abater, porque o mais importante não é como você se sente agora e sim o que você vai se tornar amanhã depois de passar por isso (porque isso vai passar). E aí sim, veremos quem aprendeu a lição (e lembrem que sempre tem quem aprende e quem paga a conta), pois essa conta tá ficando muito cara, vocês não acham?
Abraços a todos, se cuidem , fiquem em casa!
Profº Fabricio