Você sabia que a ansiedade pode prejudicar as pessoas, bem como o aluno em vários aspectos e desencadear consequências graves?

Apesar de ser uma reação natural do corpo, a ansiedade pode virar um distúrbio e  causar prejuízos ao indivíduo, independente da idade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 264 milhões de pessoas sofrem de algum nível de ansiedade ao redor do mundo.

O transtorno de ansiedade pode ser caracterizado como uma série de sentimentos desagradáveis, incluindo medo ou preocupação excessiva, que causam um desconforto desproporcional em decorrência da antecipação de algumas situações. 

Na escola, são cada vez mais frequentes, e se tornaram mais recorrentes após a Pandemia Covid-19, casos de alunos que apresentam algum transtorno emocional, e os casos de ansiedade são os mais encontrados. Mas afinal, quais são os riscos que a ansiedade pode trazer ao aluno?

Dificuldade de aprendizagem e baixo desempenho escolar: Alunos que sofrem de ansiedade, geralmente, apresentam dificuldade de concentração, o que pode acarretar em prejuízos diretos para a aprendizagem.

Não são raros os casos em que alunos com muita ansiedade acabam  por não atingir os resultados esperados, o que pode levá-los a desistir de se envolver nas atividades pedagógicas e culturais da escola. Trabalhos em grupo e apresentações orais, por exemplo, podem ser bastante estressantes para alunos com ansiedade.

Isolamento social: Muitos alunos que apresentam transtornos de ansiedade mostram-se “solitários” nas escolas. A chamada ansiedade social, na qual o indivíduo teme sentir-se envergonhado, faz com que o aluno evite ser foco de atenções e expor-se. Também são comuns os sentimentos de inadequação e a incapacidade de participar de grupos pelo receio de serem julgados ou mal interpretados.

Depressão: Pessoas com ansiedade apresentam maior risco de desenvolver depressão. Esses dois transtornos emocionais praticamente andam entrelaçados e muitas vezes não é possível determinar o que veio primeiro. Junto com a depressão, uma série de outros prejuízos e riscos se tornam presentes.

Conheça os sintomas de ansiedade e caso você se identifique ou os perceba em alguém, não deixe de procurar ajuda.

• Respiração ofegante e falta de ar
• Palpitações e dores no peito
• Fala acelerada
• Sensação de tremor e vontade de roer as unhas
• Agitação de pernas e braços
• Tensão muscular
• Tontura e sensação de desmaio
• Enjoo e vômitos
• Irritabilidade
• Enxaquecas
• Boca seca e hipersensibilidade de paladar
• Insônia
• Preocupação excessiva
• Dificuldade de concentração
• Nervosismo
• Medo constante
• Sensação de que vai perder o controle ou que algo ruim vai acontecer
• Desequilíbrio dos pensamentos
• Braço dormente
• Suor frio
• Sensação de ser um observador externo da própria vida (despersonalização)
• Sentir-se desconectado de seus ambientes (desrealização).

É importante salientar  que, nem sempre, a  ansiedade não é algo tão ruim. Ou seja, uma pessoa pode se sentir ansiosa quando acha que existe um risco futuro ou uma ameaça. No entanto, o problema é quando você perde o controle e a duração desse sentimento bem como não ter o controle daquilo que é real. 

A ansiedade, como sentimento, pode ser controlada se incorporamos alguns hábitos na nossa rotina: organizar uma rotina diária; procure entender pensamentos e sentimentos; aprenda a controlar sua respiração; seja menos existente com si mesmo; atenção à alimentação e aos exercícios físicos; afaste-se das atividade ansiogênicas e invista em atividades prazerosas, na medida do possível; valorize afetos e afaste-se de quem faz mal; pratique meditação; jamais negligencie o seu sono; procure um psicólogo ou psiquiatra.

Se você está se sentindo ansioso demais e não sabe bem ao certo o que fazer para acalmar esse sentimento, um psiquiatra ou um psicólogo serão seus melhores amigos neste momento. Não deixe de procurá-los.

Erika Goelzer
Psicóloga e Orientadora Educacional