Roda de conversa debate gênero e sexualidade com os colaboradores da Assistência Social
Uma roda de conversa debateu o tema de gênero e sexualidade com os colaboradores das unidades socioassistenciais da Rede ICM. O evento, realizado na segunda-feira, 08 de novembro, aconteceu na modalidade online.
Irmã Maria Bernardete Macarini, coordenadora do Setor Assistência Social, afirmou que a iniciativa consolida a prática do respeito à diversidade, valor que está presente no Projeto Político-Pedagógico do setor:
“Consideramos primordial o respeito à diversidade para que se efetive a inclusão social, sendo possível, com isso, que todos tenham seus direitos garantidos. Respeitar a diversidade, é eliminar qualquer forma de preconceito, discriminação e desigualdade. Somos diversos e diferentes. Não somos um ser único. O respeito à diversidade está no entendimento de cada ser humano é único e merece respeito” afirmou.
Moderadora da roda de conversa, Simone Maria Pedott Romanenco, assistente social da Rede ICM, afirmou que a iniciativa surge da necessidade de responder as demandas advindas da constante transformação social:
“Nosso desejo com essa dessa roda de conversa é o de fortalecer a luta, através do conhecimento, como estratégia de resistência, desejando que esse momento seja potente e oportunize reflexões que despertem novos compromissos, novos comportamentos para a promoção e a defesa da vida” disse.
A roda de conversa também contou com a participação de representantes de obras sociais de terceiros – espaços de outras mantenedoras, mas administrados pelas Irmãs do Imaculado Coração de Maria – e de entidades parceiras como o CEDICA-RS.
Os conceitos, reflexões e alguns casos foram explanados por Antônio Jeferson Barreto Xavier, mestre e doutorando em educação pela UFRGS, e por Aline Palermo, defensora pública e dirigente do Núcleo de Direitos Humanos.
Jeferson destacou que discutir gênero e sexualidade é “importante para compreender e discutir outras desigualdades como a violência contra a mulher, por exemplo”. Ainda exemplificando, destacou ainda que a educação de gênero – não a ideologia – é um importante instrumento para identificar e prevenir casos de abuso de crianças.
O doutorando afirmou ainda que a questão, quando não debatida de forma clara, perde espaço para outras formas de informação presentes na sociedade como a televisão, indústria pornográfica, entre outros, que acabam por deseducar e desinformar: “a escola alfabetiza cientificamente e educa para vida” disse.
Já a promotora Aline Palermo destacou que a questão do gênero lida diretamente com a dignidade humana: “é o ato normativo mais importante da nossa Constituição. É um princípio essencial e basilar quando se fala de diversidade sexual” afirmou.
O evento online foi avaliado como importante e esclarecedor. Ao encerrar o encontro, a Irmã Maria Bernardete Macarini reafirmou a mensagem de abertura, enfatizou valores e ações como o respeito e a promoção da vida como práticas concretas do respeito à diversidade.