Autor: Guilherme Horta Barros
Turma 201

Quarentena dia, não sei que dia é

Na minha cabeça hoje é o dia 684, por motivos de ter me perdido nas contas já na segunda semana de quarentena. Poucas vezes saí de casa, por ser do grupo de risco, alguns finais de semana pra ir na casa do meu pai, pra “quarentenar” lá também, e um lá que outro indo visitar a minha namorada, mas, sempre com as medidas protetivas cabíveis. Durante esse período de isolamento, muita pouca coisa aconteceu por aqui, bem sem graça, acho que o ponto alto do meu dia é quando eu vou fazer alguns exercícios, mas não da escola, exercícios físicos mesmo. Porém, não é tão ruim assim, a quarentena me fez ser mais próximo da minha família, principalmente com o meu irmão, brinco com ele boa parte do dia, acho que para todo mundo está assim, a gente tem que ver o lado positivo das coisas também.
Há tempos, a gente ganhou uma suposta gatinha, cor de grafite, bem pequena ainda, eu não sou a favor de criar animais dentro de casa, mas eu não tenho poder pra intervir mesmo. Eu escrevi “suposta gatinha” aí em cima porque hoje acabamos descobrindo que na verdade é um gato, a gente o tratou como fêmea por várias semanas, ele já usava até corrente de pingentes com o nome estampado. Sindy era o nome dele, ainda não sabemos por qual nome substituir. Hoje talvez eu converse com a minha mãe e o meu padrasto sobre ir no próximo final de semana na casa da minha namorada, a minha mãe anda muito preocupada com essa questão de pandemia, mas ela gosta tanto da nora dela que eu acho que ela deixa eu ir para lá, sim.
A pandemia tem sido bastante pacata no geral, mas ainda sim com momentos bons, pois a gente está aprendendo a valorizar momentos assim, em família. Eu já disse aí em cima e repito, temos que saber olhar o lado positivo das coisas também, para quem acredita em seres de uma força maior, pode ser um ensinamento, ou talvez só um azar que a humanidade deu.