Para tudo na vida deve-se ter moderação, com a tecnologia não seria diferente. As crianças e adolescentes de hoje em dia já nascem conectados, é uma geração voltada para a internet e videogames, e isso traz benefícios e malefícios para essa galera da era digital.
O cérebro de um adolescente ainda não está totalmente formado, o que faz com que o uso excessivo de jogos e dispositivos eletrônicos atrapalhe a formação cognitiva, uma vez que eles não possuem dificuldade para controlar os impulsos. É aí que entram os pais.
Os limites para o uso da internet e videogame devem ser impostos pelos pais, o ponto de equilíbrio entre o lazer e o exagero deve vir de acordo com os valores de cada família. Essa linha tênue entre diversão e vício é um quesito complicado até mesmo para especialistas.
As novas tecnologias possuem benefícios como o aumento da capacidade lógica, desenvolvimento da noção espacial, habilidades visuais e motoras, além de combater o declínio mental que surge com a idade. Porém, os games produzem surpresas, desafios e, principalmente, a frustração, alterações nos estados emocionais que acompanham mudanças fisiológicas e comportamentais.
Durante o desafio do jogo, há um aumento dos batimentos cardíacos, da pressão sanguínea, respiração e supressão de alguns processos digestivos, o que, posteriormente, interfere na qualidade do sono, que é vital na manutenção do equilíbrio e do bem-estar, além de consolidar a aprendizagem e a memória.
Uma noite mal dormida, fará com que o adolescente fique irritado, atrapalhe a concentração e, consequentemente, sua memória, por isso, os jogos devem ser evitados durante a noite.
Um horário fixo e acompanhamento dos pais é importante para evitar que a criança ou adolescente passe tempo demais com dispositivos eletrônicos, mais tempo na internet significa menos tempo para atividades físicas, além disso, o diálogo é muito importante para manter o respeito entre os filhos.
Com o mundo globalizado, ficar conectado tem suas vantagens, porém, na infância e na adolescência os limites devem ser impostos a fim de garantir um crescimento saudável e promissor.
Fala Thiago!
“Nossos alunos estão divididos em duas gerações. A geração Z, que compreende as pessoas nascidas entre 1992 e 2009 e a geração Alpha para os nascidos a partir de 2010. Todos nasceram após o surgimento da internet, inseridos e familiarizados desde sempre com as mais diversas tecnologias. Ou seja, computadores, celulares, tablets e vários outros recursos de tecnologia fazem parte da rotina deles. Isso gerou, com o passar dos anos, a criação de uma dependência por tecnologia e a falta do saber lidar com a ausência dela. Uma pesquisa americana trouxe dados preocupantes: 98% das pessoas pesquisadas possuem smartphones, 50% ficam conectados 10h por dia, 40% alegaram ser viciados por seus celulares e 80% delas ficam angustiadas por se verem longe dos aparelhos. Nós mesmos utilizamos redes sociais e aplicativos para nos relacionarmos, e não sabemos mais conviver sem tais recursos em nosso dia a dia. É um caminho sem volta, não é mesmo? O que falta na verdade, é o uso consciente e correto. É preciso avaliar até que ponto é eficaz entregar um tablet para uma criança que está chorando por querer jogar ou presentear o filho com um smartphone para suprir o desejo dele.
Acredito que tudo que é extremo – para menos ou para mais – é prejudicial. Prefiro um clima ameno a um dia extremamente quente ou frio. Para o uso de tecnologias não é diferente, ainda mais para uma geração nativa digital, ansiosa, social e que gosta de expor as opiniões. São fatores que somados, contribuem para o uso excessivo de internet, vídeo games, redes sociais entre outros. É importante encontrarmos o meio termo, de modo que os jovens utilizem tais tecnologias para o bem comum, e que consigam cumprir outros afazeres, como por exemplo: estudar de forma organizada, ter momentos de lazer e interagir com os amigos num ambiente real.”