Professor do Colégio é convidado para dar aulas no Canadá

O professor de Educação Física do Ensino Médio e de capoeira, Thércio Sabino, foi convidado por duas universidades da cidade de Toronto para ministrar aulas de capoeira aos alunos do curso de línguas, entre os dias 06 a 15 de outubro.

Thércio dá aulas no Puríssimo desde 2005 como professor de capoeira e desde 2010 como professor de Educação Física, e conta que o convite surgiu a partir de um desenho feito por um aluno da escola de capoeira dele. O desenho foi enviado para um concurso da University of York, pela mãe do aluno, que também é sua aluna de capoeira. “A mãe dele por algum motivo soube que ia ter um concurso na Universidade de York, em Toronto, e enviou a poesia, ele foi premiado, a poesia foi publicada e eles foram receber o prêmio”, explica o professor.

O desenho foi o vencedor do concurso e a partir daí, desenhista e mãe foram receber o prêmio no Canadá, falaram sobre o professor, o que despertou o interesse da Prof.ª Maria José, da University of York, que convidou Thércio para levar aos alunos do curso de línguas essa experiência com a capoeira. “Conhecendo outra professora da Universidade de Toronto que também se interessou, as duas universidades me fizeram o convite, estão me levando para lá juntamente com mais três alunos, o Yuri (premiado com o desenho), o Pedro, e a Raquel (mãe do Yuri)”, comenta Thércio, esclarecendo que irá dar aulas nas duas universidades.

O professor explica que a capoeira está presente no mundo todo, inclusive em Toronto, com grupos grandes de capoeiristas. “Há um grupo específico que chama Axé Capoeira, é um dos maiores grupos do mundo e sua sede fica em Toronto”, comenta Thércio, que também irá como convidado em um evento do grupo. Apesar disso, ele acredita que o convite foi feito porque eles queriam uma pessoa que ministrasse as aulas em português. “Eles queriam alguém para dar aula em português, tanto na University of York, quanto na Universidade de Toronto, eles querem entender a cultura brasileira, mas também cantar em português, entender como funciona a capoeira, etc.”.

Uma vez que as aulas serão em português, Thércio acredita que a língua não será um grande problema, mas sim a coordenação motora dos alunos canadenses. “Os movimentos da capoeira estão dentro da nossa cultura e não da deles, eu acredito que eles terão um pouco de limitação nesse sentido”, conta o professor. “Quando quebrarmos esse paradigma, vou conseguir passar a capoeira e tentar atingir três pontos: movimento, música e história”.

Thércio, que já morou por um tempo em Porto Rico ministrando aulas de capoeira, comenta que o maior aprendizado disso tudo é saber que a capoeira será usada para quebrar barreiras culturais e pretende frisar cada vez mais aos alunos e pais que acreditem em seus sonhos. “Eu sempre pratiquei capoeira, estudei, e hoje tenho uma escola de capoeira, hoje dou aulas de Educação Física e meus pais sempre me incentivaram. E eu espero que os pais dos meus alunos os incentivem a seguirem seus sonhos, porque lá na frente eles irão colher os frutos”, finaliza.

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